Os chilenos já tinham comprado as passagens de volta antes mesmo de o jogo começar. E o Brasil não deu margem a ilusões: mantendo a escrita em Copas, venceu o Chile sem dificuldades, por 3 a 0, em Joanesburgo, e despachou os rivais da África do Sul. Agora, na próxima sexta, às 11 horas, a seleção brasileira enfrenta a Holanda pelas quartas-de-final do Mundial.
Eficiente na proposta de marcação forte e contra-ataques precisos, características marcantes da era Dunga, o Brasil venceu com gols de Juan e Luis Fabiano, no primeiro tempo, e de Robinho, na segunda etapa. Em seu sétimo jogo, foi o primeiro gol do atacante do Santos em Copas do Mundo.
E a vitória no Ellis Park foi a terceira da seleção sobre o Chile em Mundiais. Nas outras duas oportunidades, o Brasil também venceu sem dificuldades. Em 1962, na Copa disputada justamente no Chile, os donos da casa foram derrotados por 4 a 2 nas semifinais. Em 1998, em duelo válido pelas oitavas, a seleção brasileira voltou a golear, desta vez por 4 a 1.
As duas seleções começaram o confronto desta segunda com problemas e, portanto, com mudanças em seus times titulares. No Brasil, os machucados Felipe Melo e Elano deram lugar a Ramires e Daniel Alves, que fariam boa partida. E, no Chile, Fuentes e Contretas substituíram os zagueiros titulares Medel e Ponce, ambos suspensos.
O Brasil foi melhor no primeiro tempo, ainda que a torcida chilena tenha se iludido com a postura ofensiva de sua seleção nos primeiros cinco minutos. Mera ilusão. Mesmo sem grande brilho, o Brasil dominou as ações depois dos momentos iniciais.
Levou perigo em contra-ataques, com Luis Fabiano, e chutes de longes, com Gilberto Silva e Ramires. Mas só chegou a marcar depois de uma cobrança de escanteio de Maicon, aos 35, quando Juan cabeceou sozinho. Três minutos depois, numa bela jogada envolvendo Robinho, Kaká e Luis Fabiano, o centroavante finalizou para marcar pela terceira vez nesta Copa.
Na segunda etapa, o técnico do Chile, Marcelo Bielsa, conhecido como El Loco, sacou o zagueiro Contreras e o atacante Gonzalez para colocar em campo os meias Tello e Valdívia, que deve voltar a jogar pelo Palmeiras ao fim do Mundial. As substituições, porém, não surtiram grande efeito.
E com apenas 14 minutos o Brasil voltou a marcar. Ramires recuperou uma bola no meio campo, fez belíssima jogada individual e tocou para Robinho finalizar e marcar seu primeiro gol em Copas do Mundo.
Mesmo com a partida definida, o Brasil continuou atrás do gol. Chegou a levar perigo em finalizações de Kaká e Robinho, mas não marcou. Assim, o que houve de mais relevante na segunda metade do segundo tempo foi o cartão amarelo recebido por Ramires depois de uma falta no meio-campo.
Com isso, o volante, que fez ótima partida contra os chilenos, está suspenso e não poderá enfrentar a Holanda na sexta-feira. Para não correr o mesmo risco com Luis Fabiano e Kaká, outros dois jogadores pendurados —Kaká recebeu amarelo contra os chilenos —, Dunga resolveu sacá-los de campo e escalou Nilmar e Kleberson em seus lugares.
Àquela altura da partida, era o que mais importava. Porque, com os chilenos despachados, o foco já passava a ser a Holanda.
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